sábado, 5 de fevereiro de 2011

Resiliência



Vejo o tempo passar por minha pele e tocá-la com o afago da transformação. Sou aquela rocha lapidada pelas ferramentas da natureza - as vezes fico torta, as vezes firme, as vezes despedaço-me e atinjo tudo ao redor.

Vejo códigos indecifráveis no ar, vejo nuvens acompanhando meus pensamentos, vejo veias abertas alimentando o solo de vitalidade.

Vejo o nascimento de idéias decadentes, vejo brotos surgindo do coito infértil, vejo pessoas sem rumo caminhando para o lado certo. E vejo a cada dia os meus conceitos sendo partidos ao meio ou estraçalhados por inteiro.

Nada é e nem dura para sempre, ensinou-me aquela tempestade.

11 comentários:

  1. É difícil passar por esses momentos de mudanças, é bem doloridos ser lapidada e muitos importante essa quebra de conceitos, pois isso significa que mito está a aprender.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. "Sem rumo caminhando para o lado certo"

    esta me parece a direção acertada.

    .
    .
    .

    Gostaria de agradecer a retribuição em forma de visita ao InterTextual, espero que se faça presente ao que você chamou de "minhas casas". Tenho me sentido mesmo em casa desde que (e isto é recente) decidi me publicar em blogue, lançando mão desta mídia virtual para dar vazão a algumas inquietações.

    Também prefiro os livros a TV, conforme você disse lá, mas apesar disto sou um entusiasta da teledramaturgia brasileira que pra mim é a melhor do mundo. Admiro os nossos autores e atores.

    Por isso aquela reflexão a respeito do conteúdo sócio-político das telenovelas.

    Manifeste-se sempre por lá, em favor ou contra. Será um prazer ter tua leitura.

    Um abraço e até a volta.

    ResponderExcluir
  3. Lisa, vejo em tua pele a textura de muitas buscas que também percorro, entro em teus poros, percorro os momentos e me avisto numa poeira postésica, invisível, onde nada é um tempo de muitos... há trilhas, há momentos, há vazios e também há linhas para as sombras que acreditamos, Thoreau é uma delas, com ele nossos Bosques nunca seguirão em vão... com ele iluminaremos nossos dias, talvez melhorando os passos do que virão... no mais sabemos, uma vida tem que ser reinventada sempre...vivas às mudanças!!!

    Um beijo amigo e carinhoso.

    Carmen.

    ResponderExcluir
  4. estamos olhando na mesma direção, porque também tenho visto tudo isso.

    mas o sol sempre brilha duas vezes para cada tempestade.

    ResponderExcluir
  5. E quando há resiliência a determinação é inquebrantável . As tempestades ensinam mais do ue destroem. Ótima semana, Lisa.Meu abraço. paz e bem.

    ResponderExcluir
  6. Sendo às vezes rocha lapidada, às vezes a areia que forma dunas, o tempo nos modifica, e turva, e clareia tudo o que se transforma ao nosso redor.

    Ótimo texto, Lisa!

    Beijo.

    ResponderExcluir
  7. Como podem tempestades alheias direcionarem até o sol?

    Assim foi aqui.

    T.

    ResponderExcluir
  8. Totalmente "café com leite" . rs

    "Se queres seguir-me, siga-te."

    ResponderExcluir
  9. Saudade de te ler, srta. E o engraçado é que lembro vagamente de uma das últimas conversas que tivemos, mais do mesmo, mudanças e mais mudanças.
    Nem parece ter passado 3 anos.

    ResponderExcluir
  10. MUDE REINVENTE TOQUE DE PELE!

    HELL

    ResponderExcluir
  11. Empresas gostam tanto dessa palavra: Resiliência.

    ResponderExcluir