quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Terra de Ninguém

Foto: Fonte

Enquanto as ruas são partidas ao meio pela fúria da natureza

Caminho pelas calçadas com o receio de ser dividida

O comércio está fechado, os hospitais lotados e as casas destruídas.

Vejo homens lamentado suas perdas, mulheres desesperadas e as crianças inventam brincadeiras diante aquele caos.

Não há o que ser feito – nenhuma rosa nascerá dentro de uma cratera.

Não há para onde fugir – todas as fronteiras tornaram-se abismos.

Só o sol permanece o mesmo.

8 comentários:

  1. O desamparo é estrutural e certamente o teu atravessar à rua fale de existência. O texto fala da condição humana nisto que é irrevogável - a natureza, o ser, o destino e a dor. Um texto conciso e profundo como as fendas deste momento descrito. Abraços.

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  2. Não sei por quanto tempo!
    Obrigada pela visita!
    Beijo grande!

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  3. Refletir sobre a existência e o seus conflitos, a natureza é irmã quando se quer. abraço

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  5. Lindo e trágico.

    "No more lying friends
    Wanting tragic ends
    Though they do pretend
    They won't go when I go

    All those bleeding hearts
    With sorrows to impart
    Were right here from the start
    And they won't go when I go

    And I'll go where I've longed
    To go so long
    Away from tears

    Gone from painful cries
    Away from saddened eyes
    Along with him I'll bide
    Because they won't go when I go

    Big men feeling small
    Weak ones standing tall
    I will watch them fall
    They won't go when I go

    And I'll go where I've longed
    To go so long
    Away from tears"

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  6. É difícil acreditar que nenhuma rosa nascerá. Afina de contas, há tantos políticos fazendo merda por aí que o solo deve estar fértil à beça!

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  7. Imagens fortes...
    "sentir" em profundidade...
    bjus!

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  8. E ele faz renascer. É preciso crer.

    Excelente, Lisa.

    Beijomeu

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