In memoriam a Amy Jade Winehouse
Dentro da taça um vulto
introespectro pousa, salivo a retina e sorvo um conteúdo obsessor.
Já não sou casta ao ponto de
andar sobre os dois pés e de cabeça rasa.
Síndrome de super homem ativa minha percepção e
molda o meu caminhar.
Carreira in quatro linhas horizontais, igualmente me seduz.
Artificializar os sentimentos é uma proposta garantida
para o esquecimento.
Cultuo HQs ao ponto de crer em pozinhos mágicos.
O pó dos ossos enriquece a estética humana – gera-se noradrenalina e assim as iniquidades do mundo tornam-se risíveis.
Gargalho sua falta de graça,
danço sua robótica música, transo com pedaços de carne.
Todos
possuem um açougueiro interior
Todos
possuem um coveiro interior
Eu só
tenho uma chave sem uma arca,
uma
chave sem uma entrada e muitas especulações.
O amanhã é sempre uma incerteza e o destino um leito de
terra.
Preparo uma dose maior, pois ainda consigo sentir
humanidade.
Aspirar,
respirar,
aguardar
o
tempero
do
tempo e
encarar
a multidão.
Há um espelho que conserva minha legítima
face:
“Fugit
irreparabile tempus”
Há um espelho que desbota os dias
de glória.
Logo só me restará
um quinhão de Heroína & um prazer súbito e mortal.
" Todos possuem um açougueiro interior
ResponderExcluirTodos possuem um coveiro interior"
Muito foda esse.
Suas angústias tbm são as minhas( acho)não sei expressa-las, mas é bom ler isso.
Obigada, menino Hugo! As vezes acredito que essas angústias são bem universais. beijo
Excluir"Eu só tenho uma chave sem uma arca,
ResponderExcluiruma chave sem uma entrada e muitas especulações."
Um texto bem ao seu estilo que tanto me capta.
Encarar multidões é um ofício dos mais complicados...
Beijo.
Sim, menina Lara Amaral, encarar multidões é tão complicado como gerenciar as muldidões interiores. Grande beijo
Excluirsonhos são faca de dois gumes, lisa.
ResponderExcluirassim como tudo na vida, aliás.
ha.
Verdade, menina Karina! Grande beijo
ExcluirVocê olha bem dentro do olho humano, menina Lisa.
ResponderExcluirVocê é corajosa!