sábado, 23 de agosto de 2014

"Irish Car Bomb" & outros poemas na Revista Germina │ revista de literatura e arte

Na última edição da Revista Germina foram publicados doze poemas meus. A Germina é uma revista dedicada à arte contemporânea e além de poemas o leitor se depara com contos, vídeos-arte, crítica e uma série de variedades artísticas. 



Link para os meus poemas, é só clicar 



E eu saboreio uma Irish Car Bomb




Eu bebia uma Irish Car Bomb
enquanto crianças eram pulverizadas por
bombas israelenses.
O Mal distante é legítima ficção
até o dia que nos extraem
de nós mesmos para sermos outros.
Meu vizinho é um corpo de carne e ossos
e se ele se incendeia eu penso em performance.

Adel Kedhri (Tunísia): performer
Jampa Yeshi (Índia): performer
Lâm Văn Tức (Vietnã do Sul): performer
Prema Devi (Índia): performer

Contam que após o domínio do fogo
nossa espécie transubstanciou o cérebro
para algo hábil a criar bombas e rodas.

Adel Kedhri incendiou-se
Jampa Yeshi incendiou-se
Lâm Văn Tức incendiou-se
Prema Devi  incendiou-se

São Martinho articulava sobre o Homem ser fogo,
Buda propunha que o coração é a lareira
e Heráclito dizia:  do fogo tudo flui.
                             
Adel Kedhri é uma mensagem
Jampa Yeshi é uma mensagem
Lâm Văn Tức é uma mensagem
Prema Devi  é uma mensagem

Sonho com uma tempestade de fogo,
sonho com olhos volvendo em cinzas,
sonho com o cheiro amedrontador do Deus dos Mortos
colhendo infanticídios no campo de girassóis da Ucrânia.

Adel Kedhri é um noticiário
Jampa Yeshi é um noticiário
Lâm Văn Tức é um noticiário
Prema Devi  é um noticiário


E eu saboreio uma Irish Car Bomb


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Um conto lá na Revista Flaubert



Estou na sexta edição da Revista Flaubert com o conto  c o m e r c i a l ((A inevitável multiplicação do universo)). A convite do escritor e editor regional da revista Maurício de Almeida estou lá com mais três escritores de Brasília:  Lara Amaral, Lívia Milanez e Ser Leo. 

 A revista Flaubert foi citada pelo site espanhol Papeles Sueltos como uma das melhores revistas de literatura em língua portuguesa.

(...) Na maioria das ocasiões eu via alguém em prantos, alguém que era capaz de representar uma tristeza tão profunda que passei a intuir, desde cedo, a infelicidade anônima do universo...