Era mestre em desculpas, todos os dias ao chegar atrasada era capaz de inventar que caiu no bueiro de uma rua próxima, o ônibus quebrou três vezes, esqueceu o cartão de ponto em casa, teve uma diarréia no caminho e para tornar sua ficção mais convincente jogava-se na lama, rasgava partes da calça e chegava ao ponto de esfolar-se em qualquer local propositalmente. Com o tempo os atrasos já não aconteciam e foram substituídos por faltas consecutivas. As desculpas não mudavam: o amigo suicidou-se, a tia faleceu, o pai teve um derrame, a mãe fugiu, um raio queimou sua cabeça. E o inacreditável sempre acontecia: não tinha santo capaz de duvidar.
Um dia decidiu fazer uma lista de quantas pessoas havia matado ficticiamente em um período de um ano e percebeu que já não tinha mais álibis para sustentar suas desculpas. Fatigada com suas infinitas mentiras e falsos assassinatos decidira dar um final aquela situação. Pegou seu celular e enviou um torpedo para todos da empresa. “Hoje não poderei comparecer a empresa, pois terei que ir ao meu funeral.”
Eu já tive vários colegas de trabalho assim. Ótimo! Abraços. Paz e bem.
ResponderExcluirHaha, boa!
ResponderExcluirParece até a história da minha cunhada.
:D
ResponderExcluirave cruz
boa, boa!
rsrsrs...
ResponderExcluirMuito bom! Matou a si mesma depois de não saber mais quem sobrava ao seu redor.
Beijos.
a morta da mentira, muitas das vezes, mata nós mesmos. e há sempre os que são vítimas de suas próprias doenças, não?
ResponderExcluirbeijos!
Ótima!! rsrs
ResponderExcluirJá vi isso algumas várias vezes...rs
[]s
Lisa-flor!
ResponderExcluirQue mais posso dizer senão que és fantástica???!!!!
Queria ter o dom de manipular as palavras!!
Um carinho especial!
Mell
Adorei, sentimentos transcritos em palavras como um sussurro gritado.
ResponderExcluirBeijos
Líria
Gosto do teu estilo...
ResponderExcluirVou visitá-la mais vezes.
beijo do Eulálio.