Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas, de Arthur Penn
O meu amado tinha tantas manias:
perdia canetas, lápis, chaves.
Houve um livro que comprou três vezes em um mês: depois
encontramos todos e mais um sob velhos jornais.
Lya Luft - O Lado Fatal
Amo-te, pois teu olho é torto e teu cheiro é tão selvagem quanto o aroma das fezes que boiam no Tietê.
Amo-te, pois teu veneno é fatal e em tuas unhas gigantes habitam os restos daqueles que passaram pelo teu leito.
Amo-te, pois tua voz é um estouro e quando falas um líquido fino escorre pelo canto da boca.
Amo-te, porque és podre e consegue contaminar a mente de qualquer um que se aproxima.
Amo-te, porque és cruel e tortura psicologicamente toda vitima de suas armadilhas.
Amo-te, porque és abominável e sinto medo quando percebo sua presença.
Amo-te, sem nenhuma razão bela, pois a razão nunca fará parte do sentimento de duas feras.
Eu já estava daqui fazendo caretas, quando, com um suspiro de alívio, descobri que o outro também é fera. Ufa. rs
ResponderExcluirBeijo
Diferente essa relação de amor, como deve ser mesmo, voraz.
ResponderExcluirAdorei a intensidade das palavras.
Abraços
L.J
Olá...
ResponderExcluirSeu texto é fantástico....a forma, o conteúdo e a delicadeza que tens em transformar sentimentos em prosas....
A idéia do antiherói ser amado inicialmente é estranha...mas que espanto existe se somos todos feras??
Um carinho!
Mell